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debyghelman

Trabalho 2 - Reflexão 'The world is not a desktop'

Updated: Oct 1, 2019


No texto The world is not a desktop de Mark Weiser, em 2006, para ACM Interactions, nos faz refletir sobre o uso das ferramentas, o valor da invisibilidade e da consciência humana. Para tanto, ele discorre a respeito do uso dos computadores, da ferramenta em si, como centro das atenções, e a maneira que nos afeta.


Ele utiliza a multimídia, os agentes inteligentes, a mágica, a realidade virtual e a entrada de voz para exemplificar suas ideias.



MULTIMÍDIA

"Atratividade é o oposto de invisível"


Mark questiona a importância da atratividade presente em todos equipamentos que utilizamos no dia a dia. Se o computador precisa necessariamente ter interfaces atraentes, como a TV, já que passamos muito tempo na frente dela. E se tudo que passamos muito tempo fazendo em nossas vidas deveria ser atraente, como dormir e respirar.

Nesse trecho, a reflexão trazida julga que nem tudo que é multimídia tem como obrigação atrair o consumidor de forma a ter sempre a atenção que a TV provoca.




AGENTES INTELIGENTES

"...é um computador que é muito o centro das atenções"


Weiser aponta que os computadores não deveriam se assimilar à maneira com que um ser humano age ou deveria agir. A interação humana não deve servir como parâmetro para representar a interface mais desejável de uma máquina, como se a mente humana não apresentasse nenhuma falha, ambiguidade ou mal-entendidos. Para criar um funcionamento em que uma equipe de pessoas funcione perfeitamente, isso levaria tempo e atenção demais. Seria preciso de um computador que falasse, desse comandos e se relacionasse = fosse o centro das atenções.

Dessa forma, reflete-se a maneira com que a tecnologia tende à assimilação com o ser humano, como se fosse um caminho correto, óbvio. Entretanto, isto torna-se uma busca inalcançável, devido à busca pelo sentido da perfeição e acompanhamento em tempo real do que a mente humana é.




MÁGICA

"A prova está nos detalhes; a magia os ignora"


Utiliza-se o exemplo da magia como provedor do imediatismo de todos desejos humanos, a qual relacionamos como forma de obter qualidade em um design e a produtividade em uma tecnologia.

Entretanto, isso se torna equivocado a partir do momento em que a magia ignora os detalhes, necessários aos olhos humanos. Ignora também a abrangência das coisas, imprescindível, já que quanto mais for dado somente o que for do interesse do indivíduo, possivelmente, mais limitado ele será.




REALIDADE VIRTUAL

"...utilizando ao máximo todos os canais de entrada e saída do corpo"


Mark questiona o uso da Realidade Virtual como forma de cessar todas as possibilidades e sentidos presentes no corpo humano, além de contestar que a quantidade de recursos, como se não houvesse interfaces suficiente, supriria o problema.

Ao dizer que o mundo real fica para trás, e que a interface é o centro das atenções e de extrema prioridade, é notável o questionamento em relação ao que a RV deveria ter como prioridade e objetivo. A imersão a algo que não é real com as sensações presenciais seriam o ideal?




ENTRADA DE VOZ

"...a ficção deve prender nossa atenção. Uma boa ferramenta não é."


Weiser comenta a respeito da comunicação ideal se pudéssemos falar com o computador, já que buscaríamos a compreensão e os computadores entendem somente linguagem de programação. Entretanto, não queremos conversar com um computador ou fazê-los nos ouvir.

A partir disso, observamos a importância apontada sobre o desejo de fazer algo discretamente. O comando de voz é comparado ao existir na ficção como maneira de chamar atenção, e o fato da ferramenta em si não necessariamente ter a ver com prender a atenção dos indivíduos como a ficção. A ferramenta do comando/entrada de voz executaria sua função sem precisar contribuir para múltiplas tarefas e esgotar funções.



Com o texto, Mark Weiser, pai da Computação Ubíqua, nos traz reflexões referentes à forma com que as ferramentas se relacionar com o ser humano, o sentido da invisibilidade e suas técnicas. Para ele, a exposição do invisível se torna protagonista na trajetória da humanidade.



"Nossos computadores devem ser como a nossa infância: uma base invisível que é rapidamente esquecida, mas sempre conosco, e usada sem esforço por toda a vida."



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